segunda-feira, 27 de julho de 2009

sonhos



"Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida."

William Shakespeare, in "Hamlet"

Persigo o meu sonho.

E vocês?

domingo, 26 de julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009

Naturalidade


Vivemos hoje numa sociedade que se quer moderna, onde se espera que cada um se comporte de acordo com as "regras" estabelecidas. Atitudes diferentes são, em regra, mal vistas e quem as toma é apelidado de esquisito, parvo, freak, ultrapassado...

Que bom é ver alguém num directo televisivo cheio de "pseudos nada" gritar : "apalpa-me as mamas!". Goste-se ou não, esta senhora disse o que lhe apeteceu, sem se preocupar com o estar a ser vista por muitas pessoas.

E numa época em que as celebradas atitudes diferentes, há muito já entraram no banal, o registo brejeiro, típico de bairro, descontraído, malandro, soa divertido e não deixa de despertar um sorriso.

Vejam o vídeo e se vos apetecer andar nus na rua, lembrem-se que a Lady Godiva já há muito o fez.

sábado, 18 de julho de 2009

Are we human?



Vou até à praia que aprendi a gostar.

Preconceitos antigos levavam-me a não aproveitar, senão como última alternativa, esta linha de areia e água salgada.

Vou sozinho, como muitas vezes acontece.

Por opção? Por falta dela?

Ouço Jay Reatard e Pajaro Sunrise.

Acompanho Murakami na sua busca pelo carneiro selvagem.

"A águia não consegue levantar voo do solo plano;
tem de subir com grande esforço para um penhasco ou para o tronco de uma árvore;
daí, porém, lança-se para as estrelas"
Hugo Von Hofmannsthal

Logo temos killers.

Are we human?

Into the Wild



Este foi um filme que evitei ver durante algum tempo.


A história de um rapaz que, acabada a faculdade, decide viver a sua aventura, encontrar-se, no local mais isolado do mundo - Alasca - não era algo com que me apetecesse confrontar.
Sou um permanente insatisfeito e sei que a minha busca nunca estará terminada.
Logicamente que as semelhanças com a história de Christopher McCandless que doou a totalidade do seu dinheiro à Oxfam International - uma Instituição de Solidariedade Social, tendo queimado os "trocos" são praticamente inexistentes. Mas mesmo assim, afastava-me do filme.

Até que o decidi ver.
E aí começou a odisseia.

Gosto de inventar e daí atribuir um nome a este cocktail: Sweet Dreams
Duas doses de vodka, uma bola, muito generosa de sorvet de limão (infelizmente os com pepitas de limão da Sicília desapareceram do mercado)e umas folhas de hortelã.
Tudo misturado num shaker. Servido com duas pedras de gelo.


Coloquei o filme na playstation, herança de um tempo passado.
Não tenho visto muitos filmes.
E como de costume, vi até cerca de 10 min do final.
Aí o filme parou.

«Porra! e logo na parte que me contaram ser a melhor!»

«Já é tarde. Amanhã vou ao Oeiras Parque!»

Chegado a casa, verifiquei que o leitor de DVD, ultra promoção na Worten, com o mesmo preço que os vi há cerca de quatro meses, não trazia cabos de ligação à televisão.

«Que merda!!!!!!»

- « Pois...não trazem. Nem todos trazem...»

Claro, qual o idiota que pensaria que um leitor de DVD traria os cabos para o ligar ao televisor?

E a frase? Que frase! marca um filme, uma vida : " A felicidade só é real, quando partilhada"

Alguém teve de trilhar o mais sinuoso dos percursos para o perceber.

E nós?

Algum dia o entenderemos?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Thank you

"If the sun refused to shine, I would still be loving you.

When mountains crumble to the sea, there will still be you and me.

Kind woman, I give you my all, Kind woman, nothing more.

Little drops of rain whisper of the pain, tears of loves lost in the days gone by.

My love is strong, with you there is no wrong,together we shall go until we die. My, my, my.An inspiration is what you are to me, inspiration, look... see.

And so today, my world it smiles, your hand in mine, we walk the miles,Thanks to you it will be done, for you to me are the only one. Happiness, no more be sad, happiness....I'm glad.

Little drops of rain whisper of the pain, tears of loves lost in the days gone by.My love is strong, with you there is no wrong,together we shall go until we die.

If the sun refused to shine, I would still be loving you.When mountains crumble to the sea, there will still be you and me. "

domingo, 12 de julho de 2009

Lei de Murphy

Na quinta-feira fui ao "Alive" essencialmente para ver os Tv on the Radio, autores do fabuloso Dear Science". Uma banda de pretos, com o homem do saxofone branco. Cheios de energia, provaram que conseguem sobreviver ao pós-estúdio, levando a primeira grande romaria de "festivaleiros" até ao palco Super Bock.
Ali dançava-se. Viam-se sorrisos de satisfação, só não eram rasgados, devido ao péssimo som.
Mereciam mais, merecíamos mais.

Depois de muitas jolas, chegavam os senhores do metal.
Devidamente posicionado para algo de especial, surge a primeira contrariedade.
O ânimo não esmoreceu, no entanto, a visão não era a melhor.
Assisti então a um concerto ao melhor estilo MTV. Limpo, sem falhas, com um óptimo som e onde todos pareciam saber o que se iria seguir. Só o Lars Ulrich destoou, vibrando intensamente.
O próprio e tão fiel público pareceu cansado da banda e creio que o sentimento era recíproco.
Três concertos em três anos, queimam a imagem até dos mais experientes e talvez o melhor exemplo disso mesmo tenha sido o "moche" que mais parecia uma carruagem do "Apita o Comboio" tocado em qualquer arraial de bairro. Como é possível num concerto de Metallica abrir-se uma clareira e os duros posicionarem-se em fila indiana, com os braços nos ombros do parceiro da frente e andarem em rodinha?????????

Lei de Murphy, ou no o caso, da Inês: "Se algo pode correr mal, correrá mal"
Uma frase ouvida durante o concerto: "Eles são velhinhos, mas qualquer um deles dava cabo de ti"! ...seja lá o que o senhor de bigode e vestido de preto queria dizer com aquilo...

sábado, 4 de julho de 2009

-Dá-me-



Dá-me algo mais que silêncio ou doçura
Algo que tenhas e não saibas
Não quero dádivas raras
Dá-me uma pedra.

Não fiques imóvel fitando-me
como se quisesses dizer
que há muitas coisas mudas
ocultas no que se diz.

Dá-me algo lento e fino
como uma faca nas costas
E se nada tens para dar-me
dá-me tudo o que te falta!

Poema mudado para português por Herberto Helder

simplesmente amo este poema que tanto me inquieta

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A propósito de claques...

Pedradas em Alcochete.....
Pastelaria vandalizada em Lagos.....
Estações de serviço destruídas.....

Estes são só alguns dos últimos "feitos" dos pretensos apoiantes dos clubes, que a coberto da legitimidade que lhes é, implicitamente ou não, conferida pelos dirigentes, se sentem imunes a qualquer lei.

É vergonhosa a forma como os clubes tratam este problema. E porque é de um problema que se trata, urge combater, de forma convicta e decisiva, estas manifestações!

Esperava mais dos directores desportivos dos "grandes" da capital, que, em vez de atirarem culpas para o lado dos rivais, deveriam ter surgido juntos em público, a repudiarem o sucedido e com uma solução a contento de ambos.

E depois admiram-se que o público opte por não ir aos estádios.