quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um ano

Foi há um ano que criei este blogue.

Para "celebrar" a data, cá vai um parágrafo do livro que lhe deu o nome:

" Acordo na manhã seguinte com o som dos Duran Duran vindo do quarto da minha mãe com toda a potência. A porta está aberta e as minhas irmãs estão estiradas na grande cama, em fato de banho, lendo números antigos da GQ e vendo um filme pornográfico no Betamax sem som. Sento-me na cama, também em fato de banho e elas dizem-me que a mãe saiu para um almoço e que a empregada foi às compras. Vejo dez minutos de filme, curioso por saber a quem pertence: à minha mãe? Às minhas irmãs? Um presente de Natal de um amigo? À pessoa do Ferrari? Ou será meu? Uma das minhas irmãs diz que odeia o filme quando eles mostram o gajo a vir-se, e eu desço à piscina e dou umas braçadas."

O "Menos que Zero" foi escrito em 1985 por Bret Easton Ellis, que à data tinha apenas vinte anos e que ficou célebre por ter escrito "Psicopata Americano".

Sei que estou a ser simpático para o senhor dando-lhe aqui publicidade gratuita. Um dia terá oportunidade de me agradecer.


Foi esta a mensagem mais importante que recebi desde que me decidi expor num blogue:

Um obrigado a quem me tem acompanhado.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

porque sim


"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura"

Friedrich Nietzsche

terça-feira, 13 de abril de 2010

Doutores



"doutor (segundo o dicionário da Porto Editora)
nome masculino
1. aquele que ensina
2. indivíduo diplomado com o mais alto grau universitário; aquele que se doutorou
3. médico
4. popular homem com pretensões a esperto ou com presunções de sábio
5. tratamento que, nas relações sociais, se dá a um bacharel ou licenciado
6. (religião) indivíduo que recebeu o estatuto mais elevado pela sua obra teológica
7. (coloquial) bacio, penico"

Portugal é hoje um país de "doutores". Não há programa televisivo, artigo de imprensa ou entrevista onde o "doutor" deixe de surgir.

A subserviência antes tida por quem dificilmente tinha acesso à educação em relação aos licenciados não deveria ter sido há muito abandonada?

Na actualidade, é cada vez mais fácil "tirar um curso", sendo que há quem o faça até ao Domingo e, os "doutores" não param de aumentar.

É frequente atender chamadas de pessoas que se identificam como: é o doutor tal...
Será esse o seu primeiro nome? Porque não se limitam a acrescentar a profissão, se tal for necessário?

Estamos a banalizar a palavra e principalmente o seu significado, sendo que das definições acima inicadas, corremos o risco de passar dos pontos 1. e 2. para o 4. ou mesmo o 7.!

Exagero? Acham mesmo?