"Eu não vi que alguém se servisse de vós a seu prazer. Se o tivesse visto, garanto-vos que teria logo puxado da espada. Eu desembainho-a tão depressa como qualquer outro, a questão é que veja ocasião para uma boa contenda e que tenha a lei a meu favor."
Romeu e Julieta - William Shakespeare - personagem Pedro.
Percebe, até quem desconheça a "obra", a distância a que está dos nossos tempos.
Hoje seria impensável alguém só defender algo em que acredita se daí pudesse retirar algum proveito. Mais, ninguém aceitaria que a lei fosse usada a favor de quem fosse!
O personagem "Pedro", não teria lugar no meio de uma população carregada de carácter e que luta, sem pestanejar, pelas suas convicções.
Considero até um cenário irreal, o que valorizasse o aproveitamento descarado de qualquer lacuna na lei.
A evolução é visível e este é um tempo em que as pessoas lutam pelo objectivo comum da felicidade, sem invejarem o que é do vizinho.
Um grande bem haja a todos os afortunados que partilham comigo a alegria de viver nesta tão bela e justa sociedade.
Amigo, meu grande amigo!
ResponderEliminarEm que lugar vives tu; tão atroz o meu pensamento que de diariamente vivencio tantas e tão complexas mentes insanas que, de somente em benefício próprio agem?
Quero também ir aí...ter contigo, nesse campo miraculoso e retirar dos raios do sol essa tão bela e justa "A Justiça".
A evolução é invisível porque este é um tempo em que somente alguns lutam pela sua, e dos outros, felicidade.
Um grande bem haja a ti, afortunado; e a mim, que partilho contigo esta tua convicta esperança.
Beijocas Gorduchas
"Uma vez conheci um homem
ResponderEliminarUma vez conheci um homem
cujas orelhas eram excessivamente finas, mas que era mudo
Tinha perdido a língua durante um combate.
Sei agora que batalhas combateu o homem
antes de se abater o grande silêncio.
Sinto-me feliz por ele estar morto.
O mundo não é suficientemente grande para nós os dois
Durante muito tempo fiquei deitado na poeira do Egipto,
silencioso e insensível às estações.
Depois o sol deu-me vida e eu levantei-me
e caminhei sobre a margem do Nilo.
Cantando o dia e sonhando a noite.
E agora o sol deixa-me novamente
deitado na poeira do Egipto.
Admirai esta maravilha e este enigma!
O mesmo sol que me juntou não me pode dispersa
Ainda estou de pé e percorro as margens do Nilo
A recordação é uma forma de reencontro.
O esquecimento é uma forma de liberdade."
Kahlil Gibran
Areia e Espuma
Coisas de Ler
2002