terça-feira, 19 de maio de 2009

Evolução


"Eu não vi que alguém se servisse de vós a seu prazer. Se o tivesse visto, garanto-vos que teria logo puxado da espada. Eu desembainho-a tão depressa como qualquer outro, a questão é que veja ocasião para uma boa contenda e que tenha a lei a meu favor."
Romeu e Julieta - William Shakespeare - personagem Pedro.

Percebe, até quem desconheça a "obra", a distância a que está dos nossos tempos.

Hoje seria impensável alguém só defender algo em que acredita se daí pudesse retirar algum proveito. Mais, ninguém aceitaria que a lei fosse usada a favor de quem fosse!

O personagem "Pedro", não teria lugar no meio de uma população carregada de carácter e que luta, sem pestanejar, pelas suas convicções.

Considero até um cenário irreal, o que valorizasse o aproveitamento descarado de qualquer lacuna na lei.

A evolução é visível e este é um tempo em que as pessoas lutam pelo objectivo comum da felicidade, sem invejarem o que é do vizinho.

Um grande bem haja a todos os afortunados que partilham comigo a alegria de viver nesta tão bela e justa sociedade.

2 comentários:

  1. Amigo, meu grande amigo!
    Em que lugar vives tu; tão atroz o meu pensamento que de diariamente vivencio tantas e tão complexas mentes insanas que, de somente em benefício próprio agem?
    Quero também ir aí...ter contigo, nesse campo miraculoso e retirar dos raios do sol essa tão bela e justa "A Justiça".
    A evolução é invisível porque este é um tempo em que somente alguns lutam pela sua, e dos outros, felicidade.
    Um grande bem haja a ti, afortunado; e a mim, que partilho contigo esta tua convicta esperança.
    Beijocas Gorduchas

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  2. "Uma vez conheci um homem

    Uma vez conheci um homem
    cujas orelhas eram excessivamente finas, mas que era mudo
    Tinha perdido a língua durante um combate.
    Sei agora que batalhas combateu o homem
    antes de se abater o grande silêncio.
    Sinto-me feliz por ele estar morto.
    O mundo não é suficientemente grande para nós os dois





    Durante muito tempo fiquei deitado na poeira do Egipto,
    silencioso e insensível às estações.
    Depois o sol deu-me vida e eu levantei-me
    e caminhei sobre a margem do Nilo.
    Cantando o dia e sonhando a noite.
    E agora o sol deixa-me novamente
    deitado na poeira do Egipto.
    Admirai esta maravilha e este enigma!
    O mesmo sol que me juntou não me pode dispersa
    Ainda estou de pé e percorro as margens do Nilo




    A recordação é uma forma de reencontro.





    O esquecimento é uma forma de liberdade."



    Kahlil Gibran
    Areia e Espuma
    Coisas de Ler
    2002

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