quinta-feira, 7 de maio de 2009

Silêncio



"As crianças que não conhecem a obrigação de dizer a todo o custo qualquer coisa, às vezes sabem apreciar o silêncio de forma mais romântica do que os adultos. Pelo facto de não falarem, partilham perfeitamente as coisas."

em "Lua de Mel" de Banana Yoshimoto


São raros os momentos em que se consegue partilhar um silêncio e mais raros aindas os momentos em que no silêncio se consegue dizer tanta coisa.

Porque falamos tanto?

Felizes aqueles que se calam quando devem!

5 comentários:

  1. Parabens pelo Blog, gosto dos post e temas, gosto da forma como escreves.

    sucessos!
    pedro crispim

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  2. Muito bem!
    Mas deixa que te diga, já vi a loucura mais longe! Vêm com a idade....

    Stay fit, brother!

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  3. Silêncio! Tudo à volta em reboliço, gente que se cruza na maior das indiferenças...pessoas que passam, outras que ficam. E ficam. Ficam no íntimo do nosso ser. Guardam mistérios que nos libertam a fúria, a irracionalidade cruel, mas em tão ínfima parte.
    Tudo pára. O tempo urge. Disparam enlouquecidos os ponteiros do relógio, as gentes circulam desenfreadas, na azáfama da vida. Não se falam, não se olham. Olhares desconfiados, por vezes banais...ah, gente maldita! QUERO sossego, liberdade...quero tanto e nada ao mesmo tempo.
    Contradição descabida! Serenidade. Aprecia, delicia o agradável som das palavras entrecortadas. Pede agora si lên ci o! Deleita-te ante estes silêncios prosaicos.

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  4. continuas nas leituras orientais... Banana Yoshimoto.

    Há coisas que ñ mudam, ou simplesmente ficam : )

    b

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  5. Conversamos em silêncio para que não nos atropelem ruídos e construimos assim diálogos de palavras mudas.

    Calamos a boca mental que pula entre hemisférios e acaba perdida em meridianos.

    Ouvimos o silêncio e ensurdecemos com o seu esplendor.

    Se lhe atribuísse uma cor, seria a do pôr do sol, fugaz.
    Se lhe visse o movimento seria o das ondas a morrer na areia.

    No silêncio somos cúmplices e as revelações são desnecessárias.

    (Suspiro)
    ...e talvez tenha sido nesta forma que se converteu hoje o meu silêncio guardado.

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