segunda-feira, 8 de junho de 2009

fragmentos de um jantar

"E a Ana Moura?"
O jantar seguia, junto ao local onde a nova sensaçao do fado - Carminho - se deu a conhecer.
"Alfama?"
"Boa!!!! Não vou lá há algum tempo."
Habituado a tudo ouvir sobre os artistas com quem trabalha, não deixou de se surpreender com o comentário:
"É...ufff...bom...Soube que frequentava um café de uma prima perto da minha casa e não pude deixar de lá passar algumas vezes!!!"
Riram todos.
"Muito bom ouvir isso!!!"
"E isso vende-se mesmo no CCB? Será que têm consciência?"
"Mandamos vir outra?"
"Olhe, traga lá mais uma garrafa pois ficámos com dúvidas sobre se o vinho é bom!"
"E o gajo é um fixe! Dá é um pouco o ar de não se importar com o que pensam dele. Tipo tu!"
"Sobremesa? Hummmm....não sei...vocês querem?"
"Para mim é mais uma imperial!"
"Ele já lá está?"
....siga a noite então....

2 comentários:

  1. Estou...
    Quieta, silenciosa; falta-me o ar
    Bem sei, mas em nada parei.
    Pedi-te:
    Mergulha em mim, emerge do abismo e esquece o cinismo.
    Vem
    Olha o piano, ouve-lhe o som
    A cada tecla surge o tom,
    São colcheias, semi-colcheias numa dança brutal
    E vejo-te assim, com ar fraternal.
    Olhas-me...
    Teus olhos de um negro letal, fixados aos meus.
    Sinto-te só, teu íntimo bem só
    Do nada, juntamos as mãos.
    Quarteto formado...
    Mãos que deslizam por entre o teclado.
    Notas aqui, acolá e acoli
    Nascem por ti
    E morrem por si.

    ResponderEliminar
  2. Todos diferentes, todos iguais.
    Surpresas que acontecem de quem não está assim tão distante.
    Mundos que se interligam.
    E a festa segue no alive

    ResponderEliminar