Vou até à praia que aprendi a gostar.
Preconceitos antigos levavam-me a não aproveitar, senão como última alternativa, esta linha de areia e água salgada.
Vou sozinho, como muitas vezes acontece.
Por opção? Por falta dela?
Ouço Jay Reatard e Pajaro Sunrise.
Acompanho Murakami na sua busca pelo carneiro selvagem.
"A águia não consegue levantar voo do solo plano;
tem de subir com grande esforço para um penhasco ou para o tronco de uma árvore;
daí, porém, lança-se para as estrelas"
Hugo Von Hofmannsthal
Logo temos killers.
Are we human?
simplesmente brilhante!
ResponderEliminarobrigado Zena, sejas lá quem fores!
ResponderEliminarFoi fixe reencontrar-te! Obrigado pela cerveja!
ResponderEliminarUm abraço!
Grande pivot, gosto sempre de oferecer uma jola ao meu suplente favorito!
ResponderEliminarNós os concertos e as cervejas dava uma bela história!
Abraço para o principado das Barrocas
Também vou à praia muitas vezes sozinha. Por opção ou por falta dela... vou... Beijinhos
ResponderEliminarTambém tenho um post em que refiro isso mesmo...
Eu li, mas não comentei...eheh
ResponderEliminarÉ que há fotos que valem por mil palavras.
Fujo, recuo
ResponderEliminarMostro-me e escondo-me
Paro, silencio-me.
Dói o que vem de mim
Não o quero sentir, mas vem de mim
A repulsa de ser assim.
Alma que se consome
Por entendimento não ter
Por ser e não ser
Arrasta-se-me o entristecer
E não se alcança o viver.
Sou um verme, um verme
Que repugna que aborrece
Percorro o solo mais abjecto
Sem alento nem tecto.
Vazio
ResponderEliminarNada sou
Nada quero, meu mundo é nada
Sou feita de vazio
Que complementa meu fastio,
Rastejo, sem um pouco de pejo,
Meus olhos são água
Salgada água que não me adoça
Mergulho nela e nela me vejo
Entranha-se-me a raiva
E nela me ouço:
CHORO, GRITO, SOLUÇO
Pernas que tremem em desvario
Saudade de ser menina do rio.
A água era doce, de um doce marfim
Agora é suja, sem um pouco de mim.
adorava saber escrever assim
ResponderEliminarme too!
ResponderEliminarum bjito f...de férias
cheio de areia e sal
Escrevo o que vem do mais profundo da minha natureza desgastada e opaca. Escrevo de acordo com o que sinto. Se o faço para alguém, não sei, nada sei neste momento. Sou uma mera transeunte do discurso. Sou sacudida por vendavais do sentir e sempre renegada pelo devir.
ResponderEliminarEscrevo não em busca de reconhecimento, mas em parte, em busca de entendimento.
Bem hajam aos que gostam da minha escrita...
Poetizar
ResponderEliminarPara quem quer versificar
Digo-vos:
Mais não é que a arte de brincar.
Procurem palavras entrecortadas
Depois [acrescentem-lhes] outras tantas truncadas
Escrever é reflectir o abstrato,
É assegurar-se num contrato.
Contrato de sentimentos
Tal qual os nossos lamentos
Escrevem os que padecem
Em vasta angústia de sonhar
E nada mais parecem
Que crepúsculos de luar.
É à noite que enlouquecem
Na demanda do criar
Do escrito vem a essência
Da essência, a carência.
Façam justiça ao inaudito
E nada deixem no entredito.