sábado, 18 de julho de 2009

Are we human?



Vou até à praia que aprendi a gostar.

Preconceitos antigos levavam-me a não aproveitar, senão como última alternativa, esta linha de areia e água salgada.

Vou sozinho, como muitas vezes acontece.

Por opção? Por falta dela?

Ouço Jay Reatard e Pajaro Sunrise.

Acompanho Murakami na sua busca pelo carneiro selvagem.

"A águia não consegue levantar voo do solo plano;
tem de subir com grande esforço para um penhasco ou para o tronco de uma árvore;
daí, porém, lança-se para as estrelas"
Hugo Von Hofmannsthal

Logo temos killers.

Are we human?

12 comentários:

  1. obrigado Zena, sejas lá quem fores!

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  2. Foi fixe reencontrar-te! Obrigado pela cerveja!
    Um abraço!

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  3. Grande pivot, gosto sempre de oferecer uma jola ao meu suplente favorito!
    Nós os concertos e as cervejas dava uma bela história!
    Abraço para o principado das Barrocas

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  4. Também vou à praia muitas vezes sozinha. Por opção ou por falta dela... vou... Beijinhos
    Também tenho um post em que refiro isso mesmo...

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  5. Eu li, mas não comentei...eheh
    É que há fotos que valem por mil palavras.

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  6. Fujo, recuo
    Mostro-me e escondo-me
    Paro, silencio-me.
    Dói o que vem de mim
    Não o quero sentir, mas vem de mim
    A repulsa de ser assim.
    Alma que se consome
    Por entendimento não ter
    Por ser e não ser
    Arrasta-se-me o entristecer
    E não se alcança o viver.
    Sou um verme, um verme
    Que repugna que aborrece
    Percorro o solo mais abjecto
    Sem alento nem tecto.

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  7. Vazio


    Nada sou
    Nada quero, meu mundo é nada
    Sou feita de vazio
    Que complementa meu fastio,
    Rastejo, sem um pouco de pejo,
    Meus olhos são água
    Salgada água que não me adoça
    Mergulho nela e nela me vejo
    Entranha-se-me a raiva
    E nela me ouço:

    CHORO, GRITO, SOLUÇO

    Pernas que tremem em desvario
    Saudade de ser menina do rio.
    A água era doce, de um doce marfim
    Agora é suja, sem um pouco de mim.

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  8. me too!
    um bjito f...de férias
    cheio de areia e sal

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  9. Escrevo o que vem do mais profundo da minha natureza desgastada e opaca. Escrevo de acordo com o que sinto. Se o faço para alguém, não sei, nada sei neste momento. Sou uma mera transeunte do discurso. Sou sacudida por vendavais do sentir e sempre renegada pelo devir.
    Escrevo não em busca de reconhecimento, mas em parte, em busca de entendimento.

    Bem hajam aos que gostam da minha escrita...

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  10. Poetizar


    Para quem quer versificar
    Digo-vos:
    Mais não é que a arte de brincar.
    Procurem palavras entrecortadas
    Depois [acrescentem-lhes] outras tantas truncadas
    Escrever é reflectir o abstrato,
    É assegurar-se num contrato.
    Contrato de sentimentos
    Tal qual os nossos lamentos
    Escrevem os que padecem
    Em vasta angústia de sonhar
    E nada mais parecem
    Que crepúsculos de luar.
    É à noite que enlouquecem
    Na demanda do criar
    Do escrito vem a essência
    Da essência, a carência.
    Façam justiça ao inaudito
    E nada deixem no entredito.

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