"Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida."
William Shakespeare, in "Hamlet"
Persigo o meu sonho.
E vocês?
...e que sonho é esse?
ResponderEliminarAchas mesmo?!?!?!
ResponderEliminarE como sonho que é tem que ser assim 'fácilzinho', não dar muita chatice, não agitar muito...
Eu é que persigo o meu sonho porque com os limões da vida sempre tentei fazer limonadas...e mesmo os momentos amargos transformei-os em doces. Qualquer dia posso te dar um workshop...e vais ver o que é uma pessoa que acredita em sonhos. Aposto que até te consigo surpreender...
Já desisti de um sonho. E tu de quantos já desististes?
Sonho: desdita da Fortuna.
ResponderEliminarMorte: realidade choruda.
Projectar o onírico por entre brisas findadas
Leva-nos a rupturas que emergem inacabadas.
Sopros de pena vão saindo de ti
Sinto-te perto, bem longe daqui.
Fantasias quebradas por alguém displicente
Perturbam teu ser insatisfeito de contente
Persegue tua crença
Sem que peças licença,
Porque quando pensares, já tudo terá passado
Olhando o ontem sentir-te-ás sozinho,
O ser e não ser virará pecado
E quando sentires, verás caminho.
Nada sou do que pensas, apenas te guio
Apenas te guio, sem fugir por um fio
Esse fio que puxa, repuxa e fere
Fere-me d'alma teu desprendimento ver.
Visão
ResponderEliminarSonhos ou sonho
Transmutam o real em algo risonho
Mostrando aos pares um mundo medonho
Respira-se a morte, elíptica morte
Sucumbe-se e nasce-se num golpe de sorte
Estremece-se, enlouquece-se ao som do carpir
Em Nada Mereço Esta Acção De Sentir.
Adormeço. E, num sono profundo, vontade em tê-lo
Flameja-se meu ser como um simples novelo
Nó ante nó desfaleço e esqueço.
Outro sonho virá onde Penélope renascerá
Sua teia vistosa friamente tecida
Por Ulisses, herói, vida terá
Da espera de outrora saberá a saída.
oxalá essa perseguição não inclua uma prova em havaianas... tchhhhhh
ResponderEliminarA.
=))
ResponderEliminar«VER-TE»
ResponderEliminar"Estendi os meus braços p'ra abraçar-te
E entre nós uma porta se cerrou
Um sôpro de rubins em mim voou,
Sôpro que permitiu poder sonhar-te.
Saía a tua sombra p'las janelas
E perdia-se, ao largo, em arvoredos...
Os meus dedos cismando caravelas,
Eram prolongamentos dos teus dedos.
Num parque de oliveiras te sonhei
Erguendo-te de oiro que queimei
Nas ânforas do templo do meu Ser.
Parece que te vejo e tu estás longe...
Afastei-me de mim para ser monge...
Meus olhos são sombra de te ver!"
Treze sonetos de Alfredo Pedro Guisado
Perguntam pelo sonho.
ResponderEliminarÉ o mais simples, comum e banal possível.
As barreiras, antes gigantes, diminuem cada vez mais. Talvez um dia cheguem só à cinta.
De havaianas ou de ténis, o sonho será perseguido. Porque o mais difícil, foi, provavelmente, perceber que desejo mesmo lutar por ele.
O sonho acalenta a nossa vivência. E pelo que entendo, tardou até perceberes que deves lutar por ele. Esse sonho que te consome, e reforça o meu pesar, deverá ser alcançado. Atravessa os prados verdejantes da incerteza e entrega-te, porque o verde deles transporta toda a essência. Tua essência sem sentido, ganhará asas e aí sim, sentir-te-ás mais leve e preenchido.
ResponderEliminar(sabes bem do que falo)