segunda-feira, 27 de julho de 2009

sonhos



"Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida."

William Shakespeare, in "Hamlet"

Persigo o meu sonho.

E vocês?

9 comentários:

  1. ...e que sonho é esse?

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  2. aPrincesaQueAcreditavaEmContosDeFadas30 de julho de 2009 às 02:07

    Achas mesmo?!?!?!
    E como sonho que é tem que ser assim 'fácilzinho', não dar muita chatice, não agitar muito...
    Eu é que persigo o meu sonho porque com os limões da vida sempre tentei fazer limonadas...e mesmo os momentos amargos transformei-os em doces. Qualquer dia posso te dar um workshop...e vais ver o que é uma pessoa que acredita em sonhos. Aposto que até te consigo surpreender...
    Já desisti de um sonho. E tu de quantos já desististes?

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  3. Sonho: desdita da Fortuna.
    Morte: realidade choruda.

    Projectar o onírico por entre brisas findadas
    Leva-nos a rupturas que emergem inacabadas.
    Sopros de pena vão saindo de ti
    Sinto-te perto, bem longe daqui.
    Fantasias quebradas por alguém displicente
    Perturbam teu ser insatisfeito de contente
    Persegue tua crença
    Sem que peças licença,
    Porque quando pensares, já tudo terá passado
    Olhando o ontem sentir-te-ás sozinho,
    O ser e não ser virará pecado
    E quando sentires, verás caminho.
    Nada sou do que pensas, apenas te guio
    Apenas te guio, sem fugir por um fio
    Esse fio que puxa, repuxa e fere
    Fere-me d'alma teu desprendimento ver.

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  4. Visão

    Sonhos ou sonho
    Transmutam o real em algo risonho
    Mostrando aos pares um mundo medonho
    Respira-se a morte, elíptica morte
    Sucumbe-se e nasce-se num golpe de sorte
    Estremece-se, enlouquece-se ao som do carpir
    Em Nada Mereço Esta Acção De Sentir.
    Adormeço. E, num sono profundo, vontade em tê-lo
    Flameja-se meu ser como um simples novelo
    Nó ante nó desfaleço e esqueço.

    Outro sonho virá onde Penélope renascerá
    Sua teia vistosa friamente tecida
    Por Ulisses, herói, vida terá
    Da espera de outrora saberá a saída.

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  5. oxalá essa perseguição não inclua uma prova em havaianas... tchhhhhh

    A.

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  6. «VER-TE»

    "Estendi os meus braços p'ra abraçar-te
    E entre nós uma porta se cerrou
    Um sôpro de rubins em mim voou,
    Sôpro que permitiu poder sonhar-te.

    Saía a tua sombra p'las janelas
    E perdia-se, ao largo, em arvoredos...
    Os meus dedos cismando caravelas,
    Eram prolongamentos dos teus dedos.

    Num parque de oliveiras te sonhei
    Erguendo-te de oiro que queimei
    Nas ânforas do templo do meu Ser.

    Parece que te vejo e tu estás longe...
    Afastei-me de mim para ser monge...
    Meus olhos são sombra de te ver!"


    Treze sonetos de Alfredo Pedro Guisado

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  7. Perguntam pelo sonho.
    É o mais simples, comum e banal possível.
    As barreiras, antes gigantes, diminuem cada vez mais. Talvez um dia cheguem só à cinta.
    De havaianas ou de ténis, o sonho será perseguido. Porque o mais difícil, foi, provavelmente, perceber que desejo mesmo lutar por ele.

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  8. O sonho acalenta a nossa vivência. E pelo que entendo, tardou até perceberes que deves lutar por ele. Esse sonho que te consome, e reforça o meu pesar, deverá ser alcançado. Atravessa os prados verdejantes da incerteza e entrega-te, porque o verde deles transporta toda a essência. Tua essência sem sentido, ganhará asas e aí sim, sentir-te-ás mais leve e preenchido.

    (sabes bem do que falo)

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